Psicologia? Arte? Eu?

15:24



Quando você é criança sempre perguntam o que você quer ser quando crescer. Eu sempre disse que queria ser médica. Quando eu comecei a assistir House na tv todo dia, ás 13h da tarde fielmente o desejo só aumentou. Claro que Medicina não é o que a gente assiste em uma temporada de House ou Greys Anatomy. Mas serviu de algo para inspiração. Nunca fui muito o tipo de pessoa que se dedicava muito aos estudos. E hoje, depois que eu tive minha primeira aula na cadeira de Anatomia, eu vejo que medicina realmente não é pra mim. Eu estudava, quase sempre estava na média e nala além disso.
Ai eu comecei a ler um livro quando eu tinha treze anos, '' O Mundo de Sofia" esse livro mudou minha vida. É um livro que conta a história de Sofia, uma menina norueguesa que recebe cartas de um filósofo Albert Knox e a cada capítulo do livro você aprende uma lição nova sobre filosofia ocidental, desde os pré-socráticos aos pós-modernos. É um livro confuso, li e reli várias vezes. Aconselho você ler duas vezes, no mínimo. Uma conhecendo a história e entendendo a relação entre Sofia, Albert e Hilde e a outra ignorando essa parte e focando apenas no conhecimento. O livro em um determinado momento cita Freud, e fala, de uma forma breve, sobre psicanálise. Foi o meu ponto de partida para estudar mais sobre. Até então eu nunca tinha pensado em Psicologia. Já tinha ido em terapeuta antes e não havia gostado da experiência. Acabei lendo bastante sobre Freud e sobre o inconsciente. 
Um ano mais tarde, numa aula sobre sistema nervoso, ainda no fundamental, uma professora (que até hoje foi uma das minhas preferidas e inesquecíveis pra mim), estava respondendo alguma pergunta sobre o emocional. Situações que imaginamos e pensamos muito sobre alguma coisa no nosso corpo e ela acaba acontecendo. Quando seu corpo está tudo bem, mas você se sente doente. Não lembro direito a resposta dela porque faz muito tempo. Mas lembro que achei aquilo tudo muito fascinante e com certeza queria me aprofundar mais sobre. 
Porém, a mente de uma pessoa de catorze anos pra uma de quinze muda muito, e por aí vai. Acho que todo mundo, mesmo quem não me conhece tão bem assim, sabe o quanto eu sou apaixonada por escrever. Houve uma parte da minha vida que eu queria me aprofundar mais disso e talvez me formar em Letras ou Jornalismo. Mas vi que aquilo não era pra mim. Ainda amo de paixão escrever. É algo que eu sinto que eu consigo expressar meus sentimentos. E é algo como hobby para mim. Acho que quem pratica muito a Arte, seja escrevendo, compondo, dançando, pintando..., trabalha de uma forma muito melhor quando está passando por algo na vida, pelo menos na escrita é muito mais fácil de se expressão quando se está triste. Quando se está feliz você apenas quer curtir aquele momento, já tentei escrever quando eu estava passando por momentos muito bons na minha vida e eu simplesmente não conseguia conectar as frases. Nada ficava bom o suficiente pra eu achar que deveria publica-lo. Logo, acho que a escrita, é algo da minha vida que eu sempre vou levar comigo. Independente da minha escolha acadêmica. 
Falando mais sobre a mente, psicanálise e entre outros, logo após de eu ter visto a grade de jornalismo eu vi que aquilo, realmente, não era pra mim. Decidi fazer Psicologia. E realmente foi uma das melhores decisões que tomei nessa vida de 17 anos. Pensei em fazer Direito porque gosto muito de psicologia forense. Mas não é a mesma coisa. Eu vejo o quanto de gente conversa comigo diariamente, vejo o quanto meus textos já ajudaram pessoas, e eu fico eternamente lisonjeada com isso. Só vejo Psicologia sendo a coisa certa pra mim. Foi um curso que, não é de comunicação, mas que eu vi maneiras de juntar duas coisas que eu gosto em uma só. A ciência psicológica com a arte de escrita, e não é que deu certo?  <3 Fico contente por hoje eu ser capaz de ver pontes, quando na verdade eu só via paredes. 

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